Durante a semana de 11 a 14 de abril, o Centro de Convenções de Goiânia foi o palco do XI Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde (CBTMS), um evento que representa o avanço e a inovação na saúde digital brasileira. Organizado pela Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde (ABTMS), o evento destacou o progresso no campo da saúde digital.
Representando o Ministério da Saúde, a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, reforçou as metas do recém-lançado programa SUS Digital, detalhando os avanços alcançados: 99,9% dos municípios aderiram ao SUS Digital. “A estratégia de telessaúde não é só extremamente eficaz, capaz de melhorar a qualidade, ela está disseminada em todo o país”, destacou.
Ela afirmou ainda que o Brasil tem muitas experiências que demonstram que, hoje, a telessaúde está sendo compreendida num âmbito ampliado da saúde digital. O Ministério da Saúde é parceiro do Congresso, realizado em parceria com a Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde. (ABTms).
A Saúde Digital teve um especial destaque no cenário nacional e internacional nesta semana, quando se deu a reunião do grupo de trabalho de saúde do G20, presidido pelo Brasil, com delegação de 20 países e diversos organismos internacionais.
A saúde digital foi alçada como um dos quatro temas prioritários do GT de saúde, do G20. Ao mesmo tempo, a ministra Nísia Trindade, juntamente com o presidente Lula, lançou o programa SUS Digital na segunda-feira, dia 8 de abril.
Luiz Ary Messina fez uma apresentação sobre a “Contribuição da RNP na Transformação Digital no SUS”, destacando as ações e os projetos em andamento. O evento também contou com a participação do Diretor do Departamento de Saúde Digital e Inovação, Professor Doutor Cleinaldo de Almeida Costa, e do Coordenador de Inovação em Saúde Digital, Professor Doutor Davi Xavier da Silva, que apresentaram o INOVA SUS Digital e suas áreas de atuação.
Alexandre Taleb, presidente do Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, afirmou, durante a mesa de abertura do Congresso, que “num país como o Brasil, com tanta desigualdade, é inconcebível não investir em tecnologias aplicadas à saúde.”
O governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado, explicou a importância de todos os municípios goianos terem aderido ao programa SUS Digital. “Muita gente não conhece a realidade do nordeste de Goiás. Muitas vezes uma pessoa tem que se deslocar de Divinópolis (GO) para Palmas (TO) ou de São Domingo (GO) para Barreiras (BA), andar em torno de 600 ou 800km para receber um atendimento mais especializado. São realidades que nós temos e sabemos que não se constrói uma saúde sem um vínculo com o Ministério da Saúde, para que a gente possa avançar nos programas e atender com qualidade à sociedade”, reforçou o governador Caiado.
Ampliação
No início da atual gestão, o Ministério da Saúde tinha parceria com 10 Núcleos de Telessaúde. Cresceu para 24. A expectativa é chegar a 35 até o final de 2025. Além dos 14 novos núcleos, os mais antigos também estão em expansão dos serviços. Durante o Congresso, o Núcleo vinculado à Universidade Federal de Roraima (UFRR) comentou a estratégia para atender a população indígena.
A telessaúde é uma das ferramentas prioritárias do programa SUS Digital, do Ministério da Saúde, para ampliar o acesso à saúde com qualidade. Fortalecidas durante a pandemia de Covid-19, telessaúde e telemedicina são fundamentais para a transformação digital de estados e municípios brasileiros, com destaque às regiões de difícil acesso geográfico. Com a parceira com os núcleos, o MS, por meio da Seidigi, realizou 1,5 milhão de telediagnósticos e mais de 92 mil consultorias no ano de 2023.
Três dos 24 núcleos fazem Oferta Nacional dos serviços: o Núcleo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) oferta teletrocardiogramas para 12 estados do país; o da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove teledermatologia para 14 estados e o da Universidade Federal de Goiás (UFG), atende oito estados com teleoftalmologia.